E a América do Sul é do Sollys/Nestlé. Pela quarta vez seguida, a equipe de Osasco se sagrou campeã continental, após vencer nesta quinta-feira (6) o Boca Juniors na decisão do título. Diante de um José Liberatti com bom público, Jaqueline, Fernanda Garay e companhia anotaram 3 sets a 0 (25/15, 25/18 e 25/9), garantindo a conquista de forma invicta.
Com o sucesso, o Sollys reserva um lugar no avião que parte para Doha, no próximo mês, para a disputa do Mundial de Clubes. As laranjas estão na mesma chave do Rabita Baku (Azerbaijão) e do Bohai Bank (China). Do outro lado estão Fenerbahce (Turquia), Kenya Prisons (Quênia) e Lancheras de Catano (Porto Rico).
Argentinas engrossam, mas brasileiras levam
O confronto entre Sollys e Boca começou com quase uma hora de atraso em razão da disputa do terceiro lugar. Mas nem assim a torcida perdeu a paciência. Em bom número no Liberatti, os apoiadores fizeram barulho a cada ponto marcado pelas donas da casa. E, apesar dos erros de saque na parte inicial, o Sollys chegou ao tempo técnico em vantagem (8/5).
Mas as portenhas não desistiram da partida. Animadas, fizeram três pontos seguidos e empataram a disputa em 8. Isso até Fernanda Garay aparecer bem pela entrada. Com golpes precisos, a gaúcha deixou no chão as adversárias, levando o Sollys à virada. Mas nem assim as hermanas saíram da cola das brasileiras.
E graças ao bom bloqueio, que parou Jaqueline em três oportunidades. A situação só não ficou mais complicada porque o Boca colecionou uma série de erros no saque. Na reta decisiva, Jaqueline emplacou uma sequência de saque e quebrou o passe rival. Na rede, Garay converteu com competência o contra-ataque para ajudar o Sollys a fazer 25 a 15.
Sollys sofre, mas leva o segundo set
A derrota não abalou o Boca, que abriu o segundo set a mil por hora. O Sollys, por sua vez, sofreu com os próprios erros. Até Garay, sempre segura no passe, entregou na mão das rivais o quinto tento (4/5). Adenízia, pelo meio, também falhou. Com isso, as argentinas dominaram a primeira parte da parcial.
Apesar de atrás do placar, o Sollys teve paciência para ir buscar as visitantes. E a virada começou a partir da organização do passe, dando condições de Fabíola trabalhar melhor com as colegas. Além disso, Jaqueline e Garay apareceram bem na definição dos ataques, enquanto o bloqueio amorteceu mais as bolas.
Não demorou para as brasileiras assumirem o comando do marcador, apesar de as argentinas seguirem na cola. E foi só a partir do 18º ponto que o Sollys engrenou. Tudo começou no ataque preciso de Sheilla no corredor. Depois, Garay e Thaísa despejaram potência para garantir 25 a 18 para a equipe anfitriã.
Osasquenses garantem vaga no Mundial
Após deixar escapar o segundo set, o elenco portenho não manteve o mesmo ímpeto no terceiro. Diferente do Sollys, que não deu qualquer espaço às adversárias. Insatisfeito, Eduardo Allona logo parou a disputa (5/1). Mas não teve jeito. O elenco paulista seguiu disposto a matar rápido a partida.
Em especial Thaísa e Garay, as melhores opções ofensivas da equipe. Com a dupla, o Sollys colocou ampla vantagem no marcador, obrigando Allona a pedir novo tempo antes mesmo da parada obrigatória. Mas, novamente, a tática não surtiu efeito. De forma tranquila, as donas da casa marcaram 16 a 7.
A partir daí, a torcida já entrou no clima do tetracampeonato, cantando forte nas arquibancadas do Liberatti. Dentro de quadra, as jogadoras não perderam o foco e deram passos largos até a conquista. Conquista que chegou após bloqueio preciso sobre as argentinas. Resultado: 25 a 9 e o caneco da competição.
fonte: saqueviagem.com.br