quinta-feira, 19 de abril de 2012

Minas perde cubanas e passa por crise

Estrangeiras do porte de Ramirez, Herrera, Metcalf, Vargas e Fawcett estão bem longe do horizonte da Usiminas/Minas para a temporada 2012/13. Sem o apoio de uma rede de fast food, a equipe de Belo Horizonte viu o orçamento enxugar em 48%. Diante da nova realidade, ficou difícil segurar até as atletas brasileiras.

“Já perdemos a Natasha e não conseguimos renovar com a Daymi (Ramirez) e Herrera. Estamos com um orçamento baixo, então sem chances de as cubanas ficarem. Estamos passando por um período difícil para montar a equipe. Temos que fazer milagre com o dinheiro que nós temos diante de um corte desse nível. Ao menos conseguimos segurar a Claudinha, Tássia e Fernanda Isis”, explicou o técnico Jarbas Soares, que nos últimos três anos teve estrangeiras de peso no grupo.

A ponteira Thaís, ex-Sollys/Nestlé, também já acertou com a equipe minastenista. Por enquanto, são esses os únicos nomes confirmados. “Poderíamos montar um time mais interessante, bacana, após ficarmos entre os quatro na Superliga. A Herrera era uma prioridade, já estava totalmente adaptada ao clube, estava conosco aqui há dois anos. É difícil de encontrar no mercado uma jogadora assim. O ideal seria que ela e a Daymi ficassem”, lamentou o comandante.

Washington Alves/VipComm

Usiminas chegou até as semifinais na última Superliga
Enquanto trabalha para renovar e contratar outras jogadoras, o tradicional clube de Belo Horizonte também busca patrocinadores. De acordo com Jarbas, o departamento de marketing do Minas já entrou em contato com possíveis patrocinadores. “Mas por enquanto não há nada em vista. Se já era difícil competir com Sollys, Vôlei Futuro, Unilever e Sesi-SP, com um corte desse nível complica bastante”, disse Jarbas.

Apesar de chateado com a situação, Jarbas garante que não existe espaço para desânimo. O objetivo, como sempre, é montar um elenco competitivo, ainda que mais humilde, e brigar por boas posições no Mineiro e na Superliga. “Temos que estar entre os melhores, mas temos que ver nossa realidade. Fica mais difícil, mas temos que ser ousados, assim como fomos na última temporada. Não tem desânimo, mas ficamos tristes pela perda da verba, após jogarmos com ginásios lotados e resgatarmos a paixão do torcedor.”

Além de precisar lidar com a falta de recursos, a Usiminas corre contra o tempo. Na última temporada, o clube já havia definido todo o plantel assim que a Unilever garantiu o heptacampeonato da Superliga. “Lembro que eu estava no Mineirinho e ali mesmo fechei com a Mari Paraíba, a última atleta que contratamos. Estamos conversando com algumas jogadoras. Vamos ver se conseguimos fechar o elenco agora até 10 de maio”, prometeu o treinador minastenista.

Washington Alves/VipComm

Sem dinheiro, Usiminas não consegue segurar Ramirez
fonte: saqueviagem.com.br

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