sábado, 9 de junho de 2012

Grand Prix: (D) - Brasil vence e Itália conquista 1ª vitória

Grupo D: Lodz (POL) - Brasil, Itália, Polônia e Sérvia
 
Adenízia, Garay e Paula levaram o Brasil à vitória contra sérvias
 
Sérvia 2 x 3 Brasil (25/21, 18/25, 23/25, 25/23 e 5/15) - Estatísticas
As brasileiras venceram mais uma. Embora tenha sido outra vitória no tie break, o time não deve se lamentar, pois foi contra um adversário muito difícil que está com um ritmo de competição muito bom (jogou o Pré Olímpico Europeu e Mundial). As sérvias fizeram um excelente primeiro set, com uma boa recepção, muito em função do saque ruim do Brasil, e uma eficiência muito grande no ataque. Para se ter uma ideia, só no primeiro set, a oposta Brakocevic marcou 8 pontos, sendo que nos 4 sets que disputou, somou apenas mais 9 pontos. A pouca eficiência da sérvia no ataque se deve muito em função do show de defesa das brasileiras, com destaque para a jovem líbero Camila Brait, que aparece entre as 3 primeiras nas estatísticas de defesa e recepção da FIVB (federação internacional). Mesmo sem tanta experiência internacional, Brait segue fazendo partidas muito boas, passando segurança na tão instável linha de passe, e com isso coloca uma interrogação na cabeça de Zé: Brait ou Fabi? As ponteiras Garay e Paula, jogadoras mais experientes, também se apresentaram muito bem, somando 22 pontos cada, que levaram o Brasil a vitória. Adenízia apareceu menos no ataque, mas em compensação segue dando seu show de bloqueios. A central marcou 8 pontos novamente no fundamento (ontem contra a Itália também chegou a essa pontuação), tirando a confiança das atacantes sérvias. Com a estatística, Ade é a melhor bloqueadora do Grand Prix até agora, somando 16 pontos e um grande número de bolas amortecidas. Falando um pouco da Mari, a jogadora foi para a saída de rede com o objetivo de ficar mais livre para atacar, sem responsabilidade no passe, um de seus piores fundamentos, mas ela ainda não funcionou. Zé queria dar confiança para a ponteira/oposta da seleção, mas está tendo o efeito contrário, a cada jogo ela se apresenta pior, e é substituída por Tandara, que novamente evitou uma catástrofe para o Brasil, pontuando 14 vezes. No placar das levantadoras, considero que ainda esteja Fernandinha 1 x 0 Dani Lins. Hoje a baixinha e estreante da seleção começou como titular, mas forçou muito o jogo nas pontas, e quando levantou para a saída de rede, as bolas não estavam muito precisas. As meios de rede praticamente não jogaram. Dani entrou em momentos do 2° e 4° set, melhorando a equipe, mas mais uma vez o técnico brasileiro vacilou e não deu oportunidade para a levantadora continuar nos outros sets.
  
  
Lideradas por Piccinini, as italianas conquistaram a 1ª vitória
  
Polônia 1 x 3 Itália (22/25, 25/23, 20/25 e 29/31) - Estatísticas
Sem dúvidas de que este Grupo D é o mais forte do Grand Prix. Não tem jogo fácil para ninguém, e hoje as italianas conseguiram vencer as polonesas, além da torcida que vibrava a cada ponto. A Itália conta com jogadoras experientes e que são consideradas titulares, como Bosetti, Piccinini e Arrighetti, e mesmo que a Polônia esteja quase completa (segue sem Werblinska, lesionada), teve dificuldades para colocar a bola no chão muito em função ao incrível volume de jogo, caracteristíca marcante da Azzurra, que propiciaram contra ataques mortais, principalmente com as jogadoras de extremidade. Destaque também para o saque das italianas, que entrou 11 vezes, sendo 6 da oposta Ortolani, que encaixou boas sequências responsáveis pela quebra da recepção polonesa. Mesmo com a derrota, gostei muito da atuação da ponteira Zebrowska, que atua como oposta nos clubes, mas passou com eficiência, atacou muito bem (20 pontos de ataque, 59% de eficiência), além de ter feito 3 aces e 2 bloqueios, sendo a principal pontuadora do jogo com 25 pontos. Ela, Skowronska, com 17 pontos, e a central Bednarek-Kasza, dona de 13 tentos, viveram bons momentos no jogo. O passe foi muito ruim da Polônia, dificultando o trabalho da levantadora Skorupa, que também não foi bem, chegando a ser substituída por Wolosz em alguns momentos da partida. Pela Itália, a inteligência do ataque foi essencial. As atacantes não encararam o forte bloqueio adversário em momento algum, usando de muita inteligência ao explorar as mãos das meninas da Polônia. Destaque individual para a ponteira Francesca Piccinini, que não fez uma boa temporada nos clubes, mas mostra que vem forte para as Olimpíadas, e neste jogo marcou 21 pontos, seguida por Ortolani com 20 e Bosetti com 15.
  
  
Classificação (venceu-perdeu)
1. Brasil (2-0): 4 pontos
2. Itália (1-1): 4 pontos
3. Polônia (1-1): 2 pontos
4. Sérvia (0-2): 2 pontos

2 comentários:

  1. Também acho que o Zé Roberto não tá dando chance para a Dani Lins,porque por mais que ela entre bem ele a tira do mesmo jeito.Tudo bem que ela não jogou bem contra a Itália,mas era a primeira partida e ela jogou praticamente um único set. Na minha opinião ele deveria dar mais confiança a ela,pois,além de já ter sido capitã da seleção,é uma extraordinária levantadora,quando o passe é bom e quando ela quer também, e pode (e vai) levar o Brasil ao Bicampeonato olímpico.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Então, ela não estava bem contra a Itália, mas a hora que o Zé tirou ela, estava crescendo... Tinha acabado de fazer um levantamento incrível de peito pra rede que deixou a Paula praticamente sem bloqueio, tanto que fiquei MUITO surpreso quando vi que Fernandinha tinha entrado... De início, achei que era inversão do 5 e 1, mas não. Hoje a Fernandinha não jogou mt bem, e a melhora do Brasil no 4° set se deve a Dani. Ela sequer entrou como titular no 5° set.

      Também acho ela uma boa levantadora, e tem experiência com a seleção, e por isso deveria receber mais chances que a Fernandinha. Seria muito injusto se o Zé não der uma chance para ela na próxima etapa, ou amanhã contra a Sérvia que seja!

      Obrigado pelo comentário, beijo :)

      Excluir