Os EUA precisavam de uma vitória simples pra cima da China e então seria campeão do Grand Prix. Como se não bastasse vencer pela terceira vez consecutiva a competição, neste ano conseguiu um fato incrível: campeão invicto. Muito me admira o bom trabalho do time dos EUA, que contou com apenas duas atletas consideradas titulares na equipe: Heather Bown e Nicole Davis. Entretanto, jovens como Harmotto, Richards e principalmente Hodge, chamaram a responsabilidade e se apresentaram muito bem. É inegável dizer que as americanas chegam para os Jogos Olímpicos com autoridade e taxadas como favoritas, por ter vencido várias competições de alto nível durante este ciclo, que revelou jogadoras muito importantes também para o voleibol mundial, como Hooker, Larson e Akinradewo.
China 0 x 3 Estados Unidos (24/26, 21/25 e 25/27) - Estatísticas
O jogo não valia nada para a China, apenas a confiança que deveria ser retomada após perder a maioria dos seus jogos nesta fase final. As duas equipes pouparam titulares dos últimos dias. As chinesas entraram em quadra sem a levantadora Wei e a central Yang, que foram substituídas por Mi e Xu, enquanto nos EUA a central Dani Scott jogou no lugar de Harmotto. Primeiro de tudo, o jogo foi muito disputado, a China tentou compensar as falhas no bloqueio com uma boa defesa, mas nem sempre conseguiu. No primeiro set, as centrais asiáticas foram muito bem marcadas pelo bloqueio e defesa das americanas, e por isso sobrecarregou Hui, que pontuou 7 vezes na primeira parcial, ficando atrás de Zeng, que teve 9 tentos inicialmente. Com a falta de eficiência das centrais, a estratégia de bloqueio dos Estados Unidos foi modificada e o bloqueio passou a ter mais atenção pra cima das jogadoras de extremidade, conseguindo parar principalmente a oposta Zeng, que pontuou 14 vezes no fim do jogo, mas teve uma eficiência muito ruim no 2° e 3° sets, sendo que neles fez apenas 6 pontos (número inferior a sua pontuação na primeira parcial). Destaco no fim do set a falta de inteligência da levantadora Mi, que fez duas opções erradas que resultaram no set ganho pelos EUA. Na segunda parcial, domínio total das jogadoras invictas do GP, com destaque para Megan Hodge. A equipe conseguiu abrir 10 pontos de vantagem, mas o time chinês ensaiou uma reação que levantou a confiança das jogadoras, mesmo tendo perdido a parcial. A partir daí, elas voltaram muito confiantes e dispostas a vencer, mas mais uma vez, no momento decisivo, Mi se mostrou fraca e escolheu mal suas opções de levantamento, facilitando o bloqueio adversário, que deram a vitória aos EUA.
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