sábado, 14 de janeiro de 2012

Superliga Feminina; Rodada 7

Minas desbancou o até então invicto Osasco, jogando em casa

Emocionante. Se não me engano foi uma das melhores rodadas que tivemos até agora. Muito equilibrio entre as equipes, e poder de superação, principalmente pelas vitórias de virada de São Bernardo e Volei Futuro. Grande partida também do Minas, que retirou o rótulo de invicto das osasquenses. Praia Clube e Unilever tiveram as vitórias mais "fáceis", em três sets. A classificação segue completamente embolada e pelo equilíbrio, promete ser assim durante toda a competição.

Rio do Sul 1 x 3 Sesi SP (24/26, 22/25, 25/15 e 25/20) - Estatísticas
Gosto muito do Rio do Sul, é um time guerreiro e segue arrancando sets dos clubes de maior investimento. Além disso, a torcida parece bastante apaixonada e em um ginásio pequeno, porém aconchegante, aproximadamente 1300 torcedores foram torcer pela equipe local, e devem estar felizes por ganhar um set do Sesi de tantas estrelas. A central Mayhara segue sendo destaque do RDS e marcou 19 pontos nesse jogo. Pelo lado do Sesi, Dani Lins foi inteligente e colocou a central Natália de volta a competição, assim como a ponteira Soninha, deixando um pouco de lado a oposta Elisângela, que foi destaque no último jogo das paulistas, para que a atacante não fique muito marcada no próximo confronto contra o Volei Futuro. Particularmente gosto muito da Dani, acho que das levantadoras que temos na superliga, ela é uma das mais completas, e mostrou isso nessa partida, marcando 4 pontos de bloqueio e também teve um número de defesas excelentes maior do que a líbero Michelle. Falando em bloqueio, o Sesi é o pior bloqueador da superliga, segundo as estatísticas, mas melhorou significativamente neste jogo, pontuando 16 vezes que fizeram a diferença, principalmente com Dani, já citada, e Marina, sendo 4 pontos de cada uma no fundamento, e isto deve dar mais confiança na próxima partida que será contra o atual líder invicto, Volei Futuro, de Araçatuba, que tem um grande elenco.
MVP: Marina (Sesi)

BMG/São Bernardo 3 x 2 Mackenzie/Cia do Terno (18/25, 22/25, 25/17, 25/20 e 15/10) - Estatísticas
Tudo parecia bem encaminhado para as visitantes que venceram com uma certa facilidade os dois primeiros sets, mas o São Bernardo acordou para o jogo e empurrou o jogo para o tie-break, sagrando-se vencedor do confronto. As mineiras foram bem, inclusive superiores em alguns fundamentos, como o ataque, mas os erros fizeram a diferença pelo lado das donas de casa. O Mackenzie errou 34 vezes, e não deu continuidade ao jogo, perdendo a oportunidade de montar seu bom bloqueio, principalmente com Leticia Hage, dona de 6 pontos no fundamento. A partir do terceiro set, o SBC começou com a levantadora Katia no time titular, e ela deu uma nova cara ao jogo, com precisão e objetividade, daí as jogadoras de extremidades da rede, Lia, Ciça e Ju Maranhão, assumiram a responsabilidade nos ataques. Destaque para a boa recepção do São Bernardo, que funcionou bem melhor do que a das adversárias. De fato a ponteira Priscila Daroit faz muita falta ao Mackenzie, e ela é a jogadora que normalmente decide as bolas importantes, ao lado de Ingrid, que ficou sobrecarregada e não rendeu o que se esperava. Detalhe que Dani Scott segue sem estrear pelo São Bernardo, mas isso não deverá demorar, devido as atuações ruins das centrais do time.
MVP: Ciça (São Bernardo)

Banana Boat/Praia Clube 3 x 0 São Caetano (25/20, 25/23 e 25/18) - Estatísticas
A vitória era muito importante para os dois clubes, para poder subir um pouco na classificação. Melhor para o time de Uberlândia que conseguiu fazer o ataque render, principalmente com as ponteiras Suelle e Dayse. O bloqueio do Sanca foi superior, principalmente com a central Vivian, que é baixinha para a posição mas muito rápida, e marcou 9 pontos apenas neste fundamento e embora a atuação ruim do time, a jogadora fez a diferença e evitou uma catástrofe maior. Vale a pena ressaltar que o Praia errou apenas 10 vezes, contra 17 erros das adversárias que foram pressionadas durante todo o jogo. Além disso, a oposta Nicole substituiu Monique no final do segundo set e foi como titular para o terceiro, massacrando o Sanca com seus 11 pontos, figurando entre as maiores pontuadoras do seu time, sendo que só foi titular durante 1 set.
MVP: Dayse (Praia Clube)

Unilever/Rio 3 x 0 Macaé Sports (25/21, 25/19 e 25/17) - Estatísticas
O Macaé nesta temporada não está me agradando. No começo do ano passado, me dava gosto de ver aquele time jogar, principalmente porque eram meninas buscando espaço no cenário nacional. Neste ano, apenas Talita se destaca, mas mesmo assim não é nada extraordinário. Segue mal todo o time, as centrais não se efetivam, assim como a oposta e a levantadora, difícil de jogar assim. O Unilever segue fazendo sua parte e vencendo os adversários mais fracos tecnicamente e o grande desafio da equipe será na próxima rodada, contra o Minas. Neste jogo, Mari cresceu e foi mais utilizada, marcando 13 pontos. Juciely segue bem pelo meio, e marcou pontos em todos os fundamentos, sendo 7 de ataque, com aproveitamento de 78%, 3 bloqueio e 2 de saque. A equipe carioca precisa mesmo é de melhorar sua recepção, já que este fundamento foi muito mal na partida, e decidir entre Regiane, péssima passadora e uma atacante regular, ou Amanda, boa passadora, jogadora de preparação. Mas de uma coisa sabemos: Pra ser campeão este ano, não dá pra ter uma linha de passe com Mari, Fabi e Regiane. Um breve comentário sobre o técnico Chicão, do Macaé: Ao invés de passar boas recomendações durante as paradas técnicas e pedidos de tempo, ele apenas grita. O técnico é experiente e deveria pensar que tem um elenco jovem, e quanto mais distribuir broncas, que chegam a ser grosseiras, sua equipe só vai piorar, e isso podemos ver no placar. Sinceramente não acredito e não consigo aceitar a linha de raciocínio seguida pela treinador.
MVP: Fernanda Venturini (Unilever)

Usiminas/Minas 3 x 1 Sollys Osasco (25/21, 15/25, 26/24 e 25/17) - Estatísticas
Menos um invicto. O passe do Osasco não esteve bem no jogo, e logo Tandara foi sacrificada por errar diversas vezes no fundamento. Ju Costa entrou e foi melhor no passe, mas com isso o time perdeu uma das forças nos ataques de extremidade. Porém, sem análises técnicas e táticas, fato é que o Osasco perdeu o jogo no terceiro set, quando tinha 24 a 22, e permitiu a virada do Minas, liderado pela cubana Herrera. Perder o terceiro set abalou o psicológico do Sollys, e fez com que fizessem um quarto e último set terrível, com muitos erros, fazendo com que a vitória se tornasse mais fácil para o Minas. A oposta Carla, do Minas, entrou no lugar de Mari Paraíba, mas como uma ponteira. A jogadora foi muito bem e fez com que o ataque rendesse mais, ajudando o time em momentos decisivos, detaque pra ela! Pelo Osasco, Jaque foi o destaque com 19 pontos, mas que não foram suficientes para parar a inspirada Herrera, dona de 23 tentos. O que salvou as visitantes, foi o bloqueio, que pontuou 19 vezes, porém o ataque foi muito mal em relação ao que todos nós estamos acostumados. Muitos gostam de apontar culpados, mas o Sollys em si não atuou bem, e a Hooker ainda está se adaptando ao estilo de jogo da nossa liga, e a única coisa que pode ser culpada na derrota, é o passe.  Créditos para o técnico do Minas que fez boas modificações no time nas horas corretas, e principalmente por ter arriscado para conseguir a vitória extremamente importante, que faz com que o Minas derrube outro adversário difícil, que concorre também pelas primeiras colocações. Grande partida também da levantadora Claudinha, que jogou com muita agressividade e objetividade.
MVP: Carla (Minas)

Pinheiros 2 x 3 Volei Futuro (25/22, 25/19, 21/25, 18/25 e 13/15) - Estatísticas
O Volei Futuro tentou poupar Fernanda Garay. Não deu. A atacante foi solicitada logo no primeiro set pelo rendimento ruim de Clarisse. O Volei Futuro sentiu muito no jogo, principalmente pela atuação ruim de Walewska, que normalmente é um dos pontos de equilibrio da equipe. Nos dois primeiros sets, a recepção não funcionou e a equipe parecia extremamente perdida em quadra. Mas com o objetivo de manter a liderança e também a invencibilidade, as meninas correram atrás da vitória, mesmo jogando na casa das adversárias. Na terceira parcial em diante, o elenco de Araçatuba passou a sacar melhor, dificultando o trabalho da levantadora do Pinheiros, Carol, com as centrais Bárbara e Edneia, daí pra frente, as donas de casa entraram em uma sequência constante de erros, que impediram de apertar ainda mais o jogo. No tie-break, elas continuaram errando, mas no final acordaram, mas já era tarde demais, e nem os 2 aces do Pinheiros, que fez com que encostasse no placar, conseguiu segurar Paula Pequeno e Garay que estavam inspiradas, e marcaram 23 e 17 pontos, respectivamente. Destaque individual do time de São Paulo, para a oposta Dani, que não é tão alta para os padrões atuais, mas pega quente na bola, assumindo o cargo de maior pontuadora do jogo com 26 pontos.
MVP: Paula Pequeno (Volei Futuro)

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