terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Superliga Feminina; Rodada 4

herrera minas superliga feminina vôlei sesi (Foto: Vipcomm)
Herrera comandou o Minas na virada em SP

A rodada foi bastante equilibrada. Mesmo nos jogos que foram 3x1, as parciais foram bastante disputadas, e isso aumenta o interesse das pessoas para assistir à liga, além de aumentar ainda mais a disputa entre os times. Além de tudo, a instabilidade emocional de alguns times foi gritante durante alguns jogos, que acabou resultando na derrota. Porém ainda temos muito campeonato pela frente, e o quadro ainda pode ser revertido.

Sesi SP 2 x 3 Usiminas/Minas (26/24, 26/24, 20/25, 13/25 e 11/15) - Estatísticas
O Sesi esteve melhor nos dois primeiros sets. O passe estava bom, e consequentemente, o jogo bem distribuído. Michelle voltou após uma contusão, e foi brilhante nos dois primeiros sets, brigou por cada ponto, e não queria deixar a bola cair, assim como todo elenco paulista. Mas, o Minas pareceria disposto a continuar invicto na competição, melhorou o passe, que estava muito mal, e forçou bem o saque, complicando a recepção adversária que falhou muito nos 3 últimos sets. O jogo marcou também a volta da oposta Elisângela, que pareceu estar sem ritmo de competição, já que não joga uma partida oficial desde o campeonato paulista. Mas a verdade é que o Minas jogou como um time, as jogadoras pediam bola para a levantadora Claudinha, que também foi destaque, e correspondiam. Pelo lado do Sesi, durante os três últimos sets, Soninha chamou a responsabilidade, já que Sassá e Elisângela haviam caído de rendimento, Dani Lins não esteve tão confiante em jogar com a central Marina, e Natália já não atacava com a mesma veemência as bolas rápidas e Michelle já não brilhava tanto no fundo de quadra. Instabilidade emocional pelo lado do Sesi, e estabilidade para as minastenistas, que ganharam a partida de virada. O jogo foi um show de ser visto, pela garra do elenco mineiro e concentração durante todos os sets. Vejo Natasha, Claudinha e talvez Mari Paraíba na seleção brasileira, provavelmente após 2012, e no caso de Claudinha, está competindo pela vaga com Dani Lins e Fabíola para os jogos olímpicos de Londres. Taticamente falando, o Sesi precisa melhorar no bloqueio, principalmente o posicionamento e velocidade de deslocamento, além do psicológico.
MVP do Jogo: Herrera (Minas)

Pinheiros 1 x 3 Macaé Sports (23/25, 25/17, 28/30 e 25/15) - Estatísticas
A vitória era importante para as duas equipes. Macaé estava com uma péssima campanha, com 3 derrotas, e o Pinheiros com 2. O time paulista tinha a mando de quadra, mas praticamente não tinha torcedores, o que não acontecia na temporada passada, em que a torcida apaixonada lotava o ginásio. Acho que a falta de investimento deste ano desmotivou os torcedos de comparecer aos jogos. Taticamente falando, o técnico do Pinheiros errou ao escalar Carol no lugar de Camilla, uma levantadora experiente e acostumada a ter tranquilidade em momentos decisivos. Ao que tudo indica, Wagão discutiu com Camilla Adão após a partida contra o São Bernardo, que ele deu declarações que poderiam ofender a jogadora. Fato é que Carol errou nos momentos decisivos dos sets, e prejudicou sua equipe. Falando em técnicos, me surpreendeu a maneira de Chicão, do Macaé, conversar com as suas jogadoras, e em todo tempo técnico, saíam da boca do técnico 10 palavrões, e 1 dica que as jogadoras podem utilizar em quadra, e isto é algo que não aprovo. Porém, as jogadoras do Macaé foram muito bem, e superaram a bloqueio do Pinheiros, que marcou 16 vezes, e atacou melhor, principalmente com as ponteiras Talita e Neneca. A levantadora Jordane também foi muito bem, distribuindo bem o jogo, e sendo objetiva nos momentos decisivos. No último set, o abatido Pinheiros, perdeu de lavada, e nada funcionou. Mais uma vez, instabilidade emocional.
MVP do Jogo: Neneca (Macaé)

Volei Futuro 3 x 1 Banana Boat/Praia Clube (29/27, 21/25, 25/21 e 25/22) - Estatísticas
Eu simplesmente não entendo os técnicos. Paulo Coco sacrificou duas jogadoras por atuações ruins: Joycinha e Carol Gattaz. Começaram como titular Fernanda Berti e Andressa. Nenhuma das duas foi bem. Berti foi substituída, e Andressa marcou 6 pontos, durante 4 sets, daí, Gattaz entrou como titular no segundo set e marcou 4 pontos e todos esperavam que ela fosse mantida no elenco titular, e Gattaz foi substituída. Andressa voltou e assistiu o jogo de camarote pelo meio de rede. Carol Gattaz teve que entrar em todos os outros sets porque Andressa não rendia. Ana Tiemi e Ana Cristina seguem brincando de ser titular em todos os jogos. Paulo deu declarações que é bom ter duas levantadoras que podem fazer rodízio, mas ele sabe muito bem que isso prejudica as atacantes, e coisas assim vão pesar em jogos contra grandes equipes, já que o Volei Futuro não teve pela frente nenhum clássico. Acho que seria interessante se o técnico pensasse e rápido em um time totalmente titular. Enquanto essas jogadoras citadas brincam de jogar voleibol, Garay e Paula Pequeno seguem brilhando, e a dupla de ponteiras marcaram juntas 33 pontos para o time de Araçatuba. O bloqueio viveu um dia especial, marcando 23 vezes, sendo 6 delas com Fe Garay, e 5 com a oposta Joycinha. Pelo lado do Praia, Suelle é uma ponteira que gosto muito, a jogadora tem uma incrível movimentação no fundo de quadra, e parece estar sendo mais efetiva, e nesta partida marcou 13 pontos. 
MVP do Jogo: Fernanda Garay (Volei Futuro)

Sollys/Osasco 3 x 1 BMS/São Bernardo (27/25, 25/23, 18/25 e 25/17) - Estatísticas
Um time com duas centrais como Thaisa e Adenízia, só precisa de um bom passe. Jaque, Ju Costa e Camila Brait foram bem no passe, possibilitando a levantadora Fabiola o trabalho das bolas rápidas no meio. O Osasco segue com um paredão, e tem no bloqueio seu principal fundamento. Adenízia foi dona de 5 blocks, e segue me impressionando pela sua velocidade de deslocamento para bloquear, simplesmente incrível. Tandara finalmente desencantou, e marcou 16 pontos que ajudaram sua equipe, e parece ter "estreado" na competição. Pelo lado de São Bernardo, Mari se destacou, e pontuou bem, mas jogou praticamente sozinha já que sua equipe não correspondia, e tratando-se de um esporte coletivo, não adianta ter uma boa jogadora apenas. Nancy Carrillo segue sem estrear. Lia caiu bruscamente de rendimento. Assim como na temporada passada, ela foi destaque no Campeonato Paulista, começou relativamente bem o início da Superliga, e depois desandou e engrenou uma sequência de ataques ruins que não passaram do bloqueio. E para piorar a situação, o SBC não tem uma oposta a altura, e Ciça, que substituiu Lia, não correspondeu. Uma observação é que a oposta americana Destinee Hooker já voltou aos EUA para passar férias e então poder retornar para a cidade de Osasco em janeiro.
MVP do Jogo: Adenízia (Osasco)

Unilever/Rio de Janeiro 3 x 1 Rio do Sul (22/25, 25/11, 25/16 e 25/10) - Estatísticas
O Rio conquistou os 3 pontos, mas entrou muito desconcentrado no primeiro set, e acabaram perdendo para a equipe do Rio do Sul, que não havia ganhado nenhum set até então. O jogo foi bom para fazer as jogadoras do Unilever começasse a atuar bem, e jogar como uma grande equipe, com confiança sem dar chances aos adversários. Sheilla foi a maior pontuadora com 18 pontos, mas mais uma vez o destaque na minha opinião foi a central Juciely, dona de 18 pontos, sendo 8 de bloqueio, fundamento que funcionou muito bem no Unilever, marcando 23 pontos, contra apenas 5 das adversárias. Parece que ficar fora do jogo contra o São Caetano, fez com que Fernanda Venturini tivesse uma visão mais ampla da partida, no posicionamento do bloqueio adversário, e agora ela segue bem, e pelas estatísticas, levantou bem. Mari melhorou. Regiane e Valeskinha seguem "pro gasto", pra ser bastante sincero. Mesmo com boas atuações individuais, o Unilever precisa melhorar a recepção, e das grandes equipes, como Volei Futuro, Osasco, Sesi e Minas, segue com a pior linha de passe que conta com Mari, Fabi e Regiane. Pelo lado do Rio do Sul, os fundamentos só funcionaram no primeiro set, e depois o time que tem a menor média de idade da competição, foi massacrado pela Unilever que jogou em casa, e não deu chances ao adversário.
MVP do jogo: Fabi (Unilever)

São Caetano 2 x 3 Mackenzie/Cia do Terno (14/25, 25/19, 24/26, 31/29 e 12/15) - Estatísticas
As duas equipes são especialistas por trabalhar mais na base, mas tem o desejo de se manter entre as 8 e participar dos playoffs, já que no ano passado, nenhum dos dois times conseguiram se classificar entre os oito primeiros. O Mackenzie foi superior em quase todos fundamentos, mas também errou em momentos que acabaram colocando o Sanca, que jogou em casa, no jogo. Porém, a equipe mineira buscou muito por esta vitória, e contou com dia de muita inspiração das ponteiras Priscila Daroit e Ingrid, que marcaram, 34 e 28 pontos, respectivamente, que assumiram a responsabilidade já que as meios de rede Lara Nobre e Leticia Hage não foram bem na partida. Alguns sites estavam contestado Daroit, cobrando da jogadora atuações como as da temporada passada, e agora ela parece calar à todos com esta incrível atuação, que levou sua equipe à vitória. Pelo Sanca, Flávia foi a maior pontuadora com 15 pontos, e continua dando uma estabilidade à jovem equipe do São Caetano, o que é bastante interessante.
MVP do Jogo: Tatiana (Mackenzie)


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