quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Outros: Fim de mais um ciclo olímpico; várias despedidas se aproximam


Chegamos ao fim de mais um ciclo olímpico e é normal que as seleções passem por modificações em fução de buscar um ouro nas Olimpíadas do Rio em 2016. Atletas jovens vão aparecer e muitos antigos vão dar adeus a suas seleções, então para adiantar e preparar o coração de muitos fãs, segue a lista de algumas principais seleções do mundo e as possíveis aposentadorias, tanto do feminino quanto no masculino:

BRASIL : Será um ano de despedidas, principalmente na seleção masculina. Dante Amaral, Serginho Dutra, Rodrigão Santana, Ricardinho Garcia e Giba Godoy, nosso capitão, encerram suas atividades defendendo a camisa verde e amarela. Todos esses jogadores participam deste time há um bom tempo, tanto que todos eles foram campeões olímpicos em Atenas 2004, e agora chegou a hora de aposentar suas camisas para dar chances a novos talentos. No feminino, Fabi e Paula Pequeno parecem certas de que não vão continuar. Paula tem uma filha e quer ter mais tempo para se dedicar a família, enquanto Fabi reconhece suas limitações e entende a necessidade de renovação. Mari também pode ter dado seu adeus no Grand Prix, sua última competição com a equipe. A ponteira foi cortada para Londres e a intenção de Zé Roberto não é manter as jogadoras, que em 2016 terão uma média de 33 anos de idade e podem inclusive estar definitivamente aposentadas por clubes. Sassá também deve aposentar a camisa 10 do time, após um ano marcado por lesões que a deixaram fora dos Jogos. Sheilla e Jaqueline são incógnitas. A primeira tem 29 anos e para 2016, estaria com 33, mas sua presença no banco de reservas por exemplo, seria importante, enquanto Jaque, está prestes a completar a mesma idade de Sheilla. Fato é que não temos jogadoras com as mesmas caracteristícas para substituí-las nos próximos ciclos. Nem tudo são más notícias, certo? Lucão, Sidão, Murilo (futuro capitão), Bruninho, Thiago Alves, Tandara, Dani Lins, Natália, Adenízia, Thaisa, Fabiana, Camila Brait e Fernanda Garay, serão a base da nossa seleção para receber os novatos em 2013.

RÚSSIA : No masculino, temos um time muito jovem e talentoso, que mostrou sua qualidade ao ser campeã olímpico em quadras londrinas. Muito potencial, já apresentado, para Mikhaylov, Muserskiy, Ilinykh, Berezhko, dentre outros atletas que crescem a cada dia disputando o campeonato russo. Com mais experiência, esse time vem forte para o ciclo olímpico. Devem aposentar suas camisas os ponteiros Sergey Tetyukhin, Taras Khtey e também o central Nikolai Apalikov, já que todos passaram da casa dos 30 anos. Boa maneira de se despedir, certo? No feminino, a situação é bem mais crítica. No fim da década de 90 e início dos anos 2000, apareceram Sokolova, Gamova e uma jogadora mais antiga: Artamonova. Todas essas jogadoras estão com idade mais avançada e afirmaram que não vão estar nos próximos jogos olímpicos. A única que parece em dúvida, é a oposta e grande jogadora Gamova, que após anos tentando, não conseguiu sua medalha de ouro olímpica. Neste novo roll de jogadoras da Rússia, vejo que Kosheleva e Goncharova são muito talentosas, mas não melhores que as veteranas que estão de saída, principalmente para substituir Sokolova e Artamonova, jogadoras completas, que mesmo com toda tradição das russas serem ruins de passe, mostraram ao contrário e são especialistas no fundamento. No decorrer do campeonato russo, poderemos analisar mais sobre estas jogadoras mais jovens. De todas, destaco Yana Scherban, que se destacou muito na última temporada e tinha chances inclusive de ir aos Jogos, caso Sokolova não retornasse para a seleção neste ano.

ITÁLIA : Sem dúvidas será a seleção que mais vai sofrer para buscar renovação. A explicação da decadência do voleibol italiano é simples. Nos anos 2000, muitos estrangeiros foram atraídos ao país pelo fortíssimo campeonato, e então a regra era a seguinte: permitido 4 estrangeiros no time titular. Com isso, os jogadores do país passaram a ser coadjuvantes e "apagados" pelo brilho dos estrangeiros, e é assim até os dias atuais. No masculino, o problema foi diminuído. Lasko e Travica, jogadores da ova geração que foram titulares em Londres, foram naturalizados italianos. O primeiro tem origens polonesas, enquanto o levantador nasceu na Croácia, onde o voleibol masculino não tem grande expressão. Outro que vem crescendo é o ponteiro Ivan Zaytsev, e por isso a Itália tenta voltar a figurar entre as melhores do mundo, tanto que conquistou o bronze em Londres. Luigi Mastrangelo, Samuele Papi, Alessandro Fei, Andrea Bari e Dante Boninfante, que por anos figuraram nas listas da Azzurra, podem estar se despedindo após vários ciclos. No feminino, a base titular é composta por jogadoras mais velhas. Eleonora Lo Bianco com 32, Francesca Piccinini com 33, Simona Gioli com 34, Antonella Del Core com 32, Paola Croce com 34, Carolina Costagrande com 31 (prestes a completar mais um ano de vida em Outubro), e sem contar as outras jogadoras que estão sempre nas listas de Berruto, como Barazza, Anzanello e Cardullo, que também já passaram dos 30. Nomes como de Ortolani, Lucia e Caterina Bosetti, Arrighetti e De Gennaro aparecerem para possivelmente substituir essas jogadoras experientes da Itália, pois não dá para congelá-las e esperar 2016 chegar, certo? A boa notícia é que o país voltou a investir na base e no ano passado foi campeã mundial juvenil no feminino, ou seja, está colhendo bons frutos de um trabalho bem executado desde que essas jogadoras começaram a aparecer no voleibol.

ESTADOS UNIDOS : Os EUA, assim como Brasil, é uma seleção muito inteligente e em todos os ciclos troca peças, revela jogadores, mas sempre mantém alguns experientes, para dar equilíbrio aos times. No masculino, o fim da trilha parece ter chegado para Clayton Stanley, David Lee, William Priddy, Richard Lambourne, Donald Suxho e David McKienzie. Todos esses jogadores estiveram na campanha do ouro em Pequim e ultrapassaram os 30 anos de idade. Mesmo com a saída, creio que aos poucos os americanos vão se reencontrar. O ponteiro Anderson passou de promessa para realidade do voleibol do país. Holmes, Rooney, dentre outros jovens jogadores que foram campeões da Copa Pan-Americana, devem aparecer mais para o cenário mundial. No feminino, temos que elogiar o trabalho incrível de renovação feito pelo ex-técnico da seleção, Hugh McCutcheon. Neste ciclo, renovou jogadoras jovens que devem compor a equipe nos próximos anos. Larson, Hodge, Hooker, Akinradewo, Harmotto, Miyashiro e Thompson estiveram em Londres e devem ser a base da equipe para os próximos anos, sem contar que as americanas tem jogadoras de muito talento, como Glass, Lloyd, Gibbemeyer, Crimes, Richards, Klineman, Banwarth e Fawcett, que estão espalhadas por várias ligas do voleibol mundial e vem crescendo para figurar futuras convocações nos próximos anos. Olho nelas. Lindsey Berg já anunciou sua aposentadoria, inclusive de clubes, e Logan Tom, após defender sua seleção desde 2000, deve estar de saída por já ter 31 anos e pretende jogar apenas por clubes. Sykora, Haneef-Park, Metcalf, Bown e Dani Scott devem seguir o mesmo rumo de Tom.

PS: Citei apenas as 4 principais seleções do mundo, caso tenha dúvida sobre um(a) jogador(a) de um time específico, entre em contato pelos comentários ou então em nosso twitter (@VoleiElite).

2 comentários:

  1. Uma pena! Mais um ciclo vitorioso se acabando, mas é a lei do esporte. Todos contribuíram da melhor forma possível para ajudar as nossas seleções de vôlei serem o que é hoje: Uma potência mundial. Agora é esperar acontecer as renovações e ver novos atletas vindo para serem lapidados para um futuro brilhante. Só não concordo com a suposta saída da Paula, Sheilla e Mari. Ainda acho muito cedo pra elas tomarem uma decisão dessas. Uma jogadora brilhante como a Mari por exemplo, não deveria ser deixada de fora pelo técnico, até porque nem Tandara e nem Natalia conseguiram convencer ainda. Mas o jeito mesmo é esperar que o tempo irá trazer todas essas respostas. Boa sorte a todos!!

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    1. Para mim não seria precipitado deixar Sheilla, Mari e ´Paula nas próximas convocações, pois em 2016 as duas primeiras terão 33 anos e Paula 34. Não creio que é isso que o Zé quer para o time, tanto que optou por levar jogadoras jovens como a Tanadara e Natália para que elas adquirissem mais conhecimentos para os próximos ciclos olímpicos. Sinceramente não quero ver a seleção brasileira com todas essas veteranas, pois sou muito a favor da renovação, por mais que elas sejam brilhantes.

      Agora é esperar e ver as definições do futuro, né?

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