sexta-feira, 27 de julho de 2012

Olimpíadas (M): Análise do Grupo A


Grupo A: Argentina, Austrália, Bulgária, Grã-Bretanha, Itália e Polônia

Grupo complicado. Acredito que os italianos e poloneses vão brigar pelo primeiro lugar do grupo, e para as outras duas vagas restantes coloco é Bulgária e Argentina como favoritas, por serem equipes de maior reconhecimento internacional neste ciclo olímpico. Entretanto, não podemos subestimar a Austrália, que conquistou essa vaga em um dos pré olímpicos, sendo que ninguém esperava por isso. Os jogadores da terra do canguru estão se preparando bastante e na semana passada estiveram no Brasil para disputar um amistoso com o Sesi SP. Foram 3 compromissos, jogos duros, mas três derrotas para os australianos. Sobre a Grã-Bretanha, eles seguem se preparando, mas sem cobrança, pois apresenta uma equipe bem jovem e com suas limitações pela falta de experiência internacional. Confira abaixo uma análise isolada de cada uma das equipes do grupo A:

ARG :
A seleção dos hermanos vem forte para as Olimpíadas. Mesmo com pouca experiência internacional, o time é bom e mostrou qualidade nos últimos dois anos. Facundo Conte, ponteiro, é o principal jogador, mas seu companheiro de posição Quiroga também é muito talentoso, assim como os centrais Crer e Sole. Um ponto positivo é a boa distribuição de De Cecco, melhor levantador da Liga Mundial de 2011, e o ponto negativo é a falta de experiência de alguns e recepção vulnerável.

AUS :
Grata surpresa deste ano. Ninguém esperava que a Austrália fosse se classificar, mas alguns jogadores de experiência internacional, como Yudin e Zingel fizeram a diferença no Qualificatório Olímpico. Esta será uma boa experiência para os garotos deste time, que tem muito potencial e um bom biotipo para o voleibol, mas não creio em classificação. Os outros times do grupo são mais fortes.

BUL :
A Búlgária passa por muitos problemas. A saída de Kaziyski (ponteiro e principal jogador búlgaro no voleibol mundial) e Stoytchev (técnico do Trentino e ex-técnico da Búlgaria) tiraram a estabilidade que o time estava construindo nos últimos anos. Creio que vão chegar nas quartas de final, mas não devem passar disso. A equipe tem muita dificuldade de colocar a bola no chão e depende muito das atuações dos opostos Sokolov e Nikolov, além do ponteiro Aleksiev, que ainda é inconstante. 

GBR :
Pouco se sabe desta seleção, apenas que eles tiveram muita dificuldade de selecionar 12 atletas para Londres, pois o país tem uma liga amadora e a maioria de seus jogadores atuam fora. Não posso falar muito, mas eles tem sim um bom jogador. Mark Plotyczer, brasileiro com dupla nacionalidade esportiva, é um ponteiro jovem, mas que já passou por algumas ligas de importância intermediária da Europa, como a da Grécia, Espanha e agora jogará na Bélgica.

ITA :
Definitivamente é uma das favoritas ao ouro. O técnico Mauro Berruto conseguiu mesclar muito bem a experiência com a nova safra do voleibol italiano. Alessandro Fei, Samuele Papi e Luigi Mastrangelo estão a caminho de sua terceira Olimpíada. Acredito que o ataque vai depender do oposto Michal Lasko além do ponteiro Ivan Zaytsev, que se lesionou num treinamento, mas para alívio da torcida da Azzurra, não foi nada grave. O saque e ataque do time são bastante positivos, mas as vezes pecam na recepção, que é frágil.

POL :
A Polônia tem um time jovem, mas com bastante experiência. Além disso, são os atletas que estão em melhor condição física para estes Jogos Olímpicos. Basrtosz Kurek e Zbigniew Bartman são os principais jogadores, mas não podemos nos esquecer de Michal Winiarski, ponteiro que dá muita qualidade no fundo de quadra e também ataca com eficiência. O principal problema é a inconstância dos levantadores Zygadlo e Zagumny, que se alternam na titulariedade o tempo todo. Ataque, bloqueio e saque são especialidades da casa. Acredito que vai brilhar em Londres e deve conquistar medalha.

Segue meu palpite sobre a classificação:

1. Polônia
2. Itália
3. Bulgária
4. Argentina
5. Austrália
6. Grã-Bretanha

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